Claudia Andujar (Neuchâtel, Suíça, 1931) é uma fotógrafa brasileira.
Viveu na Hungria e nos Estados Unidos no início dos anos 50, transferindo-se para São Paulo em 1957, naturalizando-se brasileira.
Atuou como repórter fotográfica de 1960 a 1971; de 1970 a 1975 desenvolveu, juntamente com George Love, o Workshop de Fotografia no Museu de Arte de São Paulo, trabalho que acabou por influenciar dezenas de fotógrafos paulistas em atividade nestas duas últimas décadas. No final da década de 70 passa a se dedicar exclusivamente à luta pela preservação do povo Yanomami, tendo sido uma das fundadoras da Comissão pela Criação do Parque Yanomami.
Não fosse pela fotógrafa, nascida na Suíça, criada na Hungria e emigrada para o Brasil em 1955, possivelmente a etnia yanomami não teria hoje saúde, voz e dignidade para lutar por seus direitos, novamente ameaçados atualmente.
É autora dos livros Bicos World, Estados Unidos, 1958; The Amazon, Holanda, 1973; Amazônia – em parceria com George Love -, 1978; Mitopoemas Yanomami e Yanomami em frente do Eterno, 1979; Missa da Terra sem Males, 1982. Em 1972, realiza o filme documentário Povo da Lua, Povo do Sangue: Yanomami; e em 1996 lança, em suporte CD-ROM e CD-1, a obra Um Mundo Chamado São Paulo.
Ganhou duas bolsas da Fundação Guggenheim, de Nova York, em 1972 e 1974; e da Fundação de Auxílio à Pesquisa do Estado de São Paulo, em 1976. Teve seus trabalhos expostos em mostras como Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP, 1996; 24 Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal, 1998; Coleção Pirelli/Masp de Fotografia, no Masp, 1998; Photo España 99, Festival Internacional de Fotografia, no Museo de la Ciudad, Madri, 1999. Em janeiro de 2005, expõe na Pinacoteca do Estado de São Paulo Vunerabilidade do Ser, a leitura mais completa já realizada sobre sua obra.